Aluguel, roupas, comida, transporte e artigos de higiene são algumas das despesas que deveriam ser supridas com o salário mínimo. Essa é a previsão do Decreto-Lei nº 399 de abril de 1938 da Constituição Brasileira.
De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudo Socioeconômicos (Dieese), no entanto, para garantir as necessidades básicas a renda mínima deveria ser maior que R$ 2 mil. No último dia 30, foi aprovado, por uma medida provisória assinada pelo presidente Luiz inácio Lula da Silva, o aumento de R$ 540,00. Porém, o reajuste está longe de atingir
o valor determinado pelo órgão como suficiente.
O novo valor estipulado deve ser repassado para as 15 milhões de pessoas que recebem aposentadoria, pensão e auxílio do governo, o que geraria o custo extra de R$ 5,148 bilhões aos cofres públicos. Segundo o economista da Fundação Getúlio Vargas, André Braz, um valor muito além causaria um buraco no orçamento, prejudicando as contas públicas.
As consequências não se limitam aos cofres do governo: "O salário mínimo também é custo para o setor serviços. Quanto maior o aumento, maior a tensão por repasses nos serviços básicos do dia-a-dia que representam 30% das despesas familiares", explica o economista.
Isso indica que os preços de produtos e serviços podem aumentar e o dinheiro da população não seja o suficiente para comprar o que o consumidor estava habituado.
Apesar de afirmar que o salário mínimo não é suficiente para o sustento das necessidades básicas, Braz acredita que o controle da inflação é importante para manter a valorização do mínimo: "Acho que devemos continuar trabalhando na construção de condições macroeconômicas que permitam a continuidade do processo de valorização da renda do trabalhador".
Enquanto os valores cogitados para o salário mínimo variam entre R$ 540 e R$ 580 - crescimentos entre 5,88% a 6,8% - a renda dos parlamentares brasileiros passou a ser de R$ 26,7 mil. O aumento ficou entre 61,8% para deputados e senadores, e 133,9% para presidente e vice-presidente. Totalizando R$ 1,9 bilhão a mais nas folhas de pagamento das assembleias estaduais e câmaras municipais. "Este valor não é desprezível no contexto atual, já que o governo deseja reduzir seus gastos", conclui o economista da FGV.
Fonte: http://www.redetv.com.br/jornalismo/portaljornalismo/Noticia.aspx?118,4,211077,102,Salario-minimo-deveria-superar-R-2-mil-aponta-Dieese
Post Relacionados
- 144 Bancos de Imagens FREE – FUJA DO PLÁGIO DE IMAGENS E DIREITOS AUTORAIS DO AUTOR
- Como encontrar imagens livres de direitos autorais na rede?
- Queda nos juros em 2012 fez brasileiros economizarem R$ 40,3 bi, diz pesquisa
- Fabrica dos Milionarios
- Grana Mundial
- STC Sistema de Trabalho Em Casa
- Indústria do chocolate abre 16 mil vagas
- Mantega confirma aumento do valor do mínimo para R$ 545
- Carnaval em março traz ganhos para a economia
Nenhum comentário: